30/11/2013

Um Amor Impossível - Larry Stylinson

espero que vocês gostem dela :) de inicio era para ser um shortfic mas transformei numa oneshot pq n teria tempo para posta-la rs enfim, eu me baseei num filme sobre um matemático esquizofrênico, uma análise de uma história que li e sobre alguns manicômios
espero que gostem :3
Enjoy it!

ps: antes que estranhem Liam é medico, Harry vai se tornar um, Niall sofre de bipolaridade, Louis é esquizofrênico e hum...Zayn está mal por causa de um tumor -cigarro...-
enfim é isso... Enjoy :D


Lá estava ele, fazendo uma de suas visitas diárias ao Saint Mary's Hospital, como de costume, havia um de seus amigos aqui, e seus horários de visita eram a noites ou quando ele estava na faculdade,e quando não podia, passava aqui e ficava vendo as alas, conversando com alguns dos enfermeiros, e um médico que acabou por tornar seu amigo. 
- Styles, veio visitar seu amigo novamente? Ou as crianças? - seu amigo perguntou vindo em sua direção -
- Payne, que bom vê-lo, eu vim visitar as crianças, meu amigo não poderei ver hoje - disse Harry fazendo um biquinho no fim da frase -
- Malik vai ficar triste ao saber que você o trocou pelas crianças - Liam disse brincalhão -
- o que posso fazer? As crianças são adoráveis, e aposto que ele concorda comigo - Harry falou-
Eles seguiram para a ala infantil do hospital. Chegaram na frente de um enorme quarto. Estavam parados defronte a uma enorme janela, que dava a vista perfeita do lado de dentro do quarto, que havia algumas crianças ali, junto de mais duas enfermeiras.
- sabe que pode entrar para vê-las, não sabe?
Styles assentiu, se aproximou da porta, pôs sua mão na maçaneta e a girou, abrindo a porta e se deparando com olhares curiosos sobre si.
- Haaaazz - uma menininha morena, de olhos castanhos disse animada, ao se aproximar do garoto de cabelos cacheados que agora bagunça os cabelos dela, recebendo um sorriso em troca -
- ei Amy, como está? - Harry disse pegando-a no colo -
- estou bem, estava com saudades - Amy disse abraçando delicadamente o pescoço do maior, e apoiando sua cabeça no vão -
- isso é bom - ele disse assim que se aproximou de alguns brinquedos 
Ele começara a brincar com Amy, e outras três crianças. Riam, e se divertiam, Harry apenas sorri com a cena que apreciava. As gargalhadas gostosas de serem ouvidas, os olhinhos brilhantes, a empolgação de cada um. 
- Harold, posso falar com você um instante? - ele ouviu ma voz grossa, virou o rosto para trás vendo um Liam de cabeça baixa-
- claro - Harry disse, e fez menção que ia se levantar, mas fora impedido por Amy -
- fica aqui com a gente - ela pediu manhosa -
- eu vou ficar, só preciso falar rapidinho com meu amigo - ele disse beijou o topo da cabeça da menina que sorriu, e voltou a brincar com uma das bonecas de pano em seu colo -
- diga - Styles disse após se aproximar de Payne, e irem para um canto da sala onde não pudessem ser escutados-
- bom, fiquei sabendo que você está cursando enfermagem, e queria saber se você aceita ficar no meu lugar 
- Espera. Como assim ficar no seu lugar?
- isso o que você ouviu, eu vou sair desse hospital e irei começar a trabalhar num hospital psiquiatra, estão precisando de mim lá
- porquê? Você é um dos melhores médicos daqui, e o meu amigo? As crianças?
- vou terminar de resolver o caso do seu amigo, qualquer coisa, mudo ele de hospital para ser bem cuidado, e quanto as crianças, creio que você irá cuidar delas! Elas gostam de você principalmente Amy, vocês juntos parecem pai e filha
- obrigado, eu acho...Mas você não pode deixá-las, sabe que algumas tem cancer, ou outra doença terminal, e que estão em tratamento, não sei se darei conta do recado - Harry falou-
- eu confio em você e caso precisar de ajuda, só consultar um dos meus enfermeiros, ele é ótimo e pode te auxiliar muito bem
- ok...E para qual você irá?
- London MadHouse, fica do outro lado da cidade - disse Liam e logo respirou fundo tornando a falar - se quiser conhecer lá, ou estagiar para ter uma experiência com, digamos assim, doentes mentais, só aparecer lá.
- vou pensar no caso, e hoje é seu último dia?
Liam assentiu, e logo o silêncio entre os dois fez presente. Parecia incômodo, mas ao mesmo tempo confortável. Buscavam quais palavras usar, mas ao mesmo tempo pensava em como seria seu trabalho no lugar de um dos melhores médicos de Londres e em um dos melhores hospitais. 


x


Um mês se passou, e o caso de Malik, fora transferido de hospital, já que o Saint Mary's não poderia dar conta dele, não que fosse algo de outro mundo, ou alguma coisa muito complexa. Tinha lá seus problemas, pois envolvia a vida de uma pessoa, e era uma doença não muito comum, porém, naquele hospital, não tratavam dela, apenas faziam o suficiente para manter Zayn com vida até sua transferência.
Styles, conseguiu finalizar a faculdade, e começou a trabalhar no Mary's Hospital. Cuidava apenas da área infantil.


x


A essa hora, Harry estava parado, em frente a um muro que parecia que não tinha fim, e no meio dele, havia um portão sem grades, preto. Os muros não apresentavam sinais de pichação, nem partes quebradiças ou rachadas, apesar de ser um lugar muito antigo. O portão se abriu, e ele se deparou com dois homens altos, vestidos de preto, e com uma feição séria. Styles deduziu serem os seguranças dali. 
Adentrou no recinto, viu um enorme gramado, com algumas árvores espalhadas "organizadamente" e um caminho de cimento que levava até um enorme lugar. O tal hospital, branco, com três andares e muitas janelas, envolta delas havia manchas escuras. O que deixou Harry sem entender muito bem.  Chegou na entrada, uma porta marrom bonita, onde ele havia parado tinha duas colunas romanas também brancas. Olhou para o canto, e viu uma câmera e logo a porta fora aberta. 
Ele adentrou, e viu um corredor enorme a sua direita, e outro a sua esquerda. A sua frente viu uma mesa uma bela mulher morena, com mechas loiras no meio dela. Só quando ele se aproximou mais, viu que a mesa a contornava, e ela estava sentada numa cadeira e na parte de baixo da mesa continha muitos papeis, formulários, fichas médicas, e coisas do gênero. 
Após falar com ela, a mesma chamou um homem que aproximou-se dos dois, ela disse-lhe para onde deveria levar Harry. 
O homem então seguiu o corredor esquerdo - que ainda nos pensamentos de Harry, aquilo não possuía um fim - em ambos os lados ele podia ver vários enfermeiros em certos quartos, junto dos "pacientes", e em outros, apenas o paciente que parecia abandonado. 
Após caminhar muito em linha reta, virar a direita, a esquerda, subir, virar, descer, eles chegaram ao destino. O homem que devia ser outro segurança que vigiava a parte de dentro, fora embora, e Harry bateu na porta. 
Uns cinco minutos depois ela se abriu, aparecendo um Liam combalido. 
- Harry, oi! - ele disse fingindo um sorriso -
- Liam, porque está assim?
- são muitas coisas. Espero que não tenha vindo para cá, sobre aquilo que lhe disse
- sobre a experiência num hospital psiquiátrico? - Harry fez uma pergunta retórica - bom, queria falar disso 
- digo-te somente uma coisa, não queira fazer isso. É querer bancar o rei dos idiotas, o babaca Mor - Liam dizia em tom tristeza, mas sua aparência era tranquila -
- uh? como assim Payne?
- em um mês eu vi coisas, vivi coisas, partilhei coisas que ninguém, em hipótese alguma gostaria de ver, é algo horrível! - Liam dizia com suas mãos uma em cada ombro de Styles -
- o quê? Como assim? Que tipo de coisas?
- não queira saber e vá embora antes que você descubra e se arrependa por ter visto, são cenas detestáveis - Liam disse enquanto empurrava Harry para fora do quarto, e o seguia até a porta do lugar, por onde o mesmo fora embora sem entender muitas coisas.
Liam
Não quero que Harry descubra nada, absolutamente nada sobre esse tenebroso local. Um mês de trabalho, eu pude descobrir histórias aterrorizantes sobre esse recinto, e os enfermeiros e outros doutores que trabalham aqui. Histórias sobre os pacientes, algumas com ligações e muito tristes, outras sem ligação alguma, no entanto, tristes e chocantes também. Uma delas em principal, chamou minha atenção e por sorte ou azar, é um dos enfermos quem cuido.
Estava indo para o quarto dele, que juntamente doutros poucos eram isolados da maioria. Uns eram bem violentos, não sei se tenho pena, ou medo deles, pena por que passam cada uma aqui e medo bom, por eles serem violentos. 
Desci uma escada, que fica mais no canto desse hospital, onde ela é dessas em forma quadrada - não sei se entendeu bem, sou péssimo explicando as coisas - uns quatro andares dela até chegar no porão. 
Porão. Temo esse lugar, essa parte do hospital. Digamos que aqui, é uma parte abandonada, pó, imundice é o que não falta. Algumas - muitas - rachaduras na paredes e chão, os quartos são horríveis e os enfermos aqui são maltratados, pior que bandidos. Tento tratá-los bem, mas os mesmos ficam com certa desconfiança, não os culpo, afinal, sofrem muito, e muitos sofreram já.
Pelo que sei, esse hospital existe desde de 1869, estamos em 1979. Sim, aqui existe enfermos com diversas doenças mentais. Desde esquizofrenia, bipolaridade, depressão aguda, à personalidades múltiplas, hipocondríacos, cleptomaníacos, epilépticos e etc. As crianças aqui também eram abrigadas, muitas cegas, surdas, paralíticas ou com algum membro do corpo imperfeito. Nenhum enfermo era saudável, seja psicologicamente, fisicamente ou mentalmente.
Quais as histórias deste lugar? Oh meu caro, são aterrorizantes. Desde que fora aberto, tratavam muito bem seus pacientes, a capacidade máxima aqui era de 800 pessoas, mas havia 2.145 aqui, ultrapassando o limite, e obrigando a aumentar. Com o fim da segunda guerra, vários soldados vinham para hospitais como este com stress pós-traumático. 
Os doentes daqui começavam a ser mal cuidados, com alimentação mal oferecida, ou então nem chegavam a comer. Água, dificilmente era limpa, ou tratada. Faziam sessões de eletrochoque, lobotomia....Pacientes que eram arrastados pelos cabelos, ficavam presos em lugares inadequados e fechados, numa sala separada, ou num banheiro imundo. Muitos casos de estupros.
Com a superlotação, obrigatoriamente, aumentaram o lugar, juntando com as casas dos enfermeiros, médicos, psicólogos que moravam em torno do lugar. E com essa ligação, facilitava nos dias frios -as vezes, já quem muitos casos, o corredor como era imenso, com janelas enormes de um lado com uma vista bela- ficou conhecido como corredor da morte. Onde muitos morriam por excacez de água e de fome, de asfixia, ou até suicídio. 
Isso é a penas as histórias resumidas com o passar dos anos, teve e tem o famoso quarto 502, e o banheiro do porão. Vamos mudar de assunto, esse lugar é traumático, histórias negativas, nada de bom acontece e não tem como você interferir em algo, ou será castigado. E tudo o que menos quero é o castigo. Se quer saber, aconselho a não descobrir pois ninguém que fora punido com ele pôde contar. 
Cheguei ao quarto 1045, o quarto do enfermo que cuido. Tenho muita pena dele. Abri a porta, e lá estava ele, agachado, com os joelhos próximo do peito e os braços envoltos nas pernas e com a cabeça abaixada. 
- Louis....- falei calmo e baixo, espero que não tenha ocorrido nada com ele noite passada -
Ele levantou levemente a cabeça me deixando ver seus belos olhos azuis esverdeados, e por dentro estavam um pouco vermelhos, ele andou chorando.
- eu...eu não aguento! - ele disse num fio de voz -
Me aproximei dele, e o mesmo ficou receoso, talvez por medo de que eu fizesse algo. Ele estava mazelado, abatido, esquálido. Dói vê-lo assim, e não poder fazer nada, com medo que aconteça algo comigo. 
- eles fizeram alguma coisa? - perguntei me ajoelhando em sua frente e ele moveu a cabeça pra cima e para baixo lentamente - eu sempre prometo que irei resolver isso e nunca consigo...Onde está Niall? - perguntei calmo, mas com medo da resposta-
- ele deve estar preso em algum lugar, o levaram daqui ontem a tarde, ele se debatia e gritava... - ele disse num sussurro e com medo de que pudessem ouvi-lo - o silêncio se fez. Um tempo depois, que não foi muito, ouvi alguns gritos e um choro, deveria ser dele - ele sussurrava com os olhos já marejados -
- eu sei que ele é seu único amigo aqui, que te distrai das impurezas e maus tratos desse "refúgio" - me levantei, dei as costas mas, antes de caminhar em direção a porta, fui impedido por alguém segurando minha mão com certa força -
- Liam....por favor - ele disse e vi uma lágrima solitária escorrer por seu rosto - não vá, não me deixa aqui, eles irão voltar-
- eles quem? Os seguranças?
eles, irão voltar, eu não gosto deles, me causam pavor só por vê-los na minha frente - dizia e pude notar que estava com medo de que alguma coisa realmente acontecesse -
- Louis, confie em mim, irei trancar esse quarto, só eu irei abrí-lo, ficarei com a chave e ninguém entrará aqui! - falei e o beijei na testa-
- promete que voltará logo?
- prometo - ele me deixou ir com um aperto no coração, tranquei o quarto, e fui em busca do Niall -


x


Quando finalmente achei - depois de umas três horas - ele estava apenas com um trapo imundo no corpo, e jogado em um canto daquele banheiro sujo e asqueroso. Me dava náuseas só por estar respirando um ar sujo, num lugar abandonado. Aproximei-me dele deduzi que ele estava dopado. E segundo seus ferimentos, mostra que os seguranças ou seja lá o que foi, foram indolentes à ele.
Perpetraram-no e o deixaram dopado. Pelo que sei, o efeito dura algumas horas, e se foi de noite ou de madrugada, ele deve estar para acordar.
Harry
Algumas, lê-se muitas, semanas sem ver Liam. Desde que ele me "expulsou" do tal hospital com histórias macabras, eu não voltei lá. Tentei focar ao máximo no zayn que está no hospital. Sim, ele estava internado por causa da cirurgia, e agora está se recuperando. O enfermeiro - Andy - que ajudava Liam, está se saindo muito bem. Tem me ajudado a cuidar e muito das crianças, e também d'outros pacientes já com certa idade e adultos. Eu não chegava a fazer cirurgia, apenas os encaminhava para o médico especializado no assunto. 
Acabei tendo duas péssimas notícias. Sobre Zayn e Amy. Zayn teve uma recaída na recuperação não resistiu, e eu acabei perdendo um dos meus melhores amigos. Aliás, melhor amigo não, irmão para ser mais exato. Não de sangue, mas de coração. Já Amy, ela acabou falecendo também. Pelo que parece, ainda não conseguiram descobrir a causa e muito menos a cura de sua doença. A vida não é um mar de rosas; muitos vêm outros vão, é o ciclo da vida, não posso inteferir nele e nem impedir que aconteça algo. O máximo que eu conseguiria ter feito, era adiantar sua morte, mas ela com certeza sofreria muito, e fico feliz por ela ter ido. Ao menos não ficaria com o sofrimento prolongado, mas triste por ela ser muito nova. 


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- e cá estou eu novamente - pensei alto -
Não deveria voltar, prometi ao Liam que não voltaria para esse manicômio. Mas algo diz que devia voltar, sinto que há muitas coisas que acontecem aqui e ele se recusa a me contar, diz que eu ficaria traumatizado. Não ligo para isso, só quero poder ajudar meu amigo nisso. E é para isso que vim.
Entrei, e a mulher apenas apontou para a direção que eu teria que ir para vê-lo. Tentei me recordar do caminho que fiz com o segurança, até onde o Liam estava na última vez. Falhei totalmente. 
Eu acabei me perdendo, esse lugar é cheio de corredores, alguns muitos escuros, outros claros demais devido a quantidade de janelas e o tamanho delas. Quando me dei conta fui parar em um lugar onde julgo ser o porão daqui. O corredor pelo qual estou vagando está com pouco luminosidade, há algumas frestas entre as paredes e o chão, rachaduras -dentre elas pequenas e grandes- pó, trapos, algumas pessoas jogadas ao longo do corredor.  Isso me deu um certo medo, não sei se as ajudo, ou se continuo em frente. Continuei.
Vi as salas com as portas escancaradas, algumas pessoas dentro delas, umas acorrentadas, outras estavam apenas jogadas dentro dos quartos. Meu Deus. Liam estava certo, esse lugar é macabro.
Virei o primeiro corredor que vi e segui em frente, apertei os passos, palmilhando por um lugar desconhecido e assustador - por mim essa é a definição daqui.
Trombei com alguém no caminho e acabei caindo no chão, com medo do que pudesse acontecer comigo - sendo que não estou "internado" ali - recolhi meu minhas pernas, deixando-as próximas de meu peito e rosto.
- Harry? - ouvi a tal pessoa dizer, então levantei meu olhar e vi quem era -
- Liam! Ainda bem que te encontrei - falei me levantando rapidamente e dando leves tapas no meu corpo na esperança de tirar o pó que ficou nela -
- o que faz aqui? Pedi para não retornar -
- desculpa, mas eu precisava, precisava ver com meus próprios olhos o porque desse lugar ser sombrio e agora que descobri um pouco quero te ajudar aqui -
Ok, levei um sermão dele por ter vindo e por querer ajudá-lo, ele aceitou, e deixou que eu ajudasse a levar um dos enfermos para o quarto onde se encontrava outro que ele cuidava.
-segura ele firme Harry!
- ele disse enquanto destrancava a porta, e logo abrindo-a -
- relaxa Liam, eu....hum...onde o coloco? - perguntei confuso e ele me apontou uma "cama" velha, que se acrescentar um peso mínimo ela com certeza quebraria em várias partes -
Coloquei o loirinho ali com cuidado, e depois voltei meu olhar para Liam, que estava olhando atentamente para o outro garoto que estava ali. O tal garoto estava tremendo levemente no canto do quarto, com os olhos marejados, e com as mãos agarrando fortemente os cabelos.
- Louis, aconteceu alguma coisa? - Liam perguntou terno -
- e-eles voltaram-o tal Louis respondeu, e puder ver seus olhos azuis encontrem com os meus -
- quem voltou Liam? -
Harry isso mais tarde eu te explico, tenho que cuidar do Louis agora 
Não entendi muito bem o que Liam fez, mas Louis se acalmou, acho que ele deve ter tido algum tipo de surto.
- o que ele tem? - perguntei depois de alguns minutos em silêncio, vendo-o colocar Louis ao lado de Niall na cama -
- você quer saber a história dele? - assenti, ele respirou fundo, e voltou a falar - não sei detalhadamente, contarei o que ele me disse, ou que entendi. Como você sabe os valores são extremamente conservadores e há um preconceito enorme com relação há diversos assuntos. Resumindo, ter um filho esquizofrênico é quase como um crime, é considerado uma aberração. Os pais de Louis, nos quais não cheguei a conhecer, o deixaram aqui quando o mesmo tinha onze anos, e a maior parte do tempo, ele passa dopado. E até antes de vim trabalhar aqui, quando ele não estava sob efeito dos remédios, ele era violentado praticamente todos os dias, assim como Niall-apontou para o loirinho- e assim que vim para cá, isso diminuiu, não chega a ser frequente mas ainda ocorre com eles. E Niall fora vítima ontem, fui descobrir um pouco antes de te achar, e ele ainda estava sobre o efeito.
- meu Deus, Liam como você aguenta nesse lugar? Como eles conseguem viver ainda?
- eu sinceramente não sei também. Tem dias que eles ficavam presos em lugares abafados, desprotegidos, sem um alimentação adequado, e muitas vezes só com água suja para tomar. 
- Liam, você precisa urgentemente sair daqui, não sei como eles aguentam!
- e acha que eu sei? Não posso simplesmente abandoná-los, sou a única esperança deles. 
- podemos sair daqui e levá-los junto, como fugitivos
- isso não funcionaria, não é tão fácil como você pensa. A diretora daqui, é uma mulher vil, apática a qualquer um, até mesmo com Dan, que é o médico psiquiatra daqui. Niall e Louis vivem criando teorias de como é o mundo fora deste desprezível lugar, sem contar que Niall também tem outro amigo que sofre muito com a depressão profunda, e em todas as vezes que Louis e eu tivemos contato com esse ele, o mesmo se encontrava num estado de paranoia e terror, já Niall tem bipolaridade, e muitas vezes o vi feliz, ora triste, ora irritado... 
- nossa....E não há nada que possamos fazer para melhorar essa situação, pelo menos a deles? - perguntei -
- não sei e se houver prefiro não fazer
- por que Liam?
- vocês não faz ideia de como são os castigos daqui
- espera, eles além de serem maltratados, ainda são castigados?
- isso mesmo, ela, a diretora deste sanatório, não sente um pigo de compaixão para com o enfermos. Ela favorece e muito a lobotomia e a terapia de choque, por muitas vezes, ela ordenou que os seguranças que espancassem, sedassem e aprisionassem o doentes em jaulas, caso esses apresentassem um comportamento estranho na visão dela-
- qual o problema dessa mulher?! - sim, estou indignado com isso, ela tem sérios problemas, problemas muito piores que esses enfermos apresentam-
- e os enfermeiros passam vinte e quatro horas obedecendo ordens dessa louca, e não sei o que ela tem. Ela pode ser uma psicopata, ou apenas aprecia a dor e angústia dos outros. 


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Louis e Niall haviam acordado e ambos conversavam, e trocavam ideias sobre o mundo fora deste. Louis mantinha a ideia de ser um lugar feliz, pois sua mãe estava lá. Uma nobre e doce mulher, que sofria na pele o preconceito de ter um filho esquizofrênico. 
- Liam, nós temos que fugir daqui e levar eles, sabe que há remédios que ajudam a controlar a esquizofenia, mas não a curá-la
- Harry, se formos fugir, como sairemos daqui, sem sermos notados?
- você pode ir com Niall por alguma porta dos fundos, e eu vou com o Louis por alguma outra saída, e nos encontramos do outro lado da rua deste lugar.
- mas Harry, você não conhece nada daqui, eu muito menos. Não vaguei nem metade deste tenebroso local
- mas você conhece melhor certas partes...- falei -
- mas não sei se eles concordarão, e se concordarem podemos ser pegos e castigados! E a última coisa que eu quero é ser castigado, por favor né!
- não seremos flagrados fugindo, ninguém irá nos pegar, e é só falar com eles agora,porém se conseguirmos fugir, vocês serão livres daqui, não terão que obedecer ordens, e nem serão punidos, e você sabe muito bem que existe remédio que ajuda a controlar a esquizofrenia pode não curá-la mas controla
- ok-o mais velho se rendeu- e como a gente sairá daqui? E onde nos encontraremos de novo?
- dois de nós podem sair pela porta dos fundos, caso haja uma, os outros dois tentam sair pela frente, ou por alguma porta lateral.
- ta bem - Liam suspirou - Louis, Niall - chamou-os e ambos encerraram a conversa sobre o mundo fora daqui, e voltaram suas atenções para Liam - o que você acham de fugir daqui? Sair desse lugar horrivel?
- espera, estão querendo dizer que vamos embora daqui, e nunca mais voltar?-Niall perguntou confuso-
- isso mesmo, e bom...Vamos em dupla - Liam disse meio receoso-
- e quem vai com quem? - Louis perguntou -
- Niall pode ir comigo, e Louis você pode ir com o meu amigo? O Harry - Liam disse - pode confiar nele, o conheço há muito tempo e muito bem para saber que ele não vai aprontar nada contra você, Niall ou qualquer ser vivo
- isso, obrigado Liam, acabou de dizer à eles que sou um menino frágil que tem medo de tudo e que não irei conseguir protegê-los
- Armaria Harry, eu não disse isso - Liam disse e revirou os olhos -
- mas insinuou
-ok chega, vamos logo?
Nós três concordamos, e Liam e Niall saíram pelo corredor e viraram a esquerda seguiram um pouco até sumirem da minha vista pela falta de iluminação.
- ei - ouvi um murmuro atrás de mim, me virei e o vi ali sorrindo timidamente para mim - eu acredito em você....Sei que vai proteger a gente -
Ok, impossível não sorrir diante de algo todo lindo e desprotegido como ele. Mas irei intervir nisso, enquanto ele estiver comigo vou protegê-lo.
Não sei por qual razão, mas entrelacei nossas mãos e sorri ladino para ele que parecia indefeso.
- para não nos perdemos no caminho - falei baixo -
- você não sabe como sair daqui? - ele disse com os olhos arregalados -
- calma, tenho meus esquemas, quando você se der conta estaremos longe o bastante daqui - falei e beijei sua bochecha -
Niall
Ok, saímos do quarto abafado e imundo, cheirando a mofo que Louis ficava, e fomos andando. Parecíamos que estávamos em um labirinto, esse lugar é imenso, cheio de retas, curvas para esquerda , escadas e portas e mais portas. Muitas enferrujadas, outras quase despencando da paredes em contar os quartos caindo aos pedaços. 
- Liam não sei se dói certo o que você fez
- como assim?
- deixar Louis fugir com o seu amigo, não botei muita fé nele
- relaxa Horan, o Harry vai acabar saindo daqui, deve se meter em uma ou outra encrenca, não garanto que saíra ileso, no entanto saíram vivos
- pelo menos isso que espero, que saiam com vida daqui e ia continuar falando mas ele começou a pedir para fazer silêncio, fiquei confuso e ele apontou para o outro corredor 
- merda! - falei, e ele estava encostado na parede, e me emburrou para que eu encostasse na mesma logo atrás dele-ai! - murmurei baixo -
- desculpa - ele disse e eu dei de ombros -
- como saímos dessa
- eu tive uma ideia porém você pode não gostar dela - ele disse baixo-
- manda


x


Louis
- estamos perdidos falei -
- não estamos, fica calmo que vamos sair daqui, olha, tem uma luz logo ali no fundo do corredor, pode ser a saída - Harry disse -
O garoto era mais alto que eu, dono de duas esmeraldas vulgo olhos, um sorriso que tinha covinhas muito lindas e cachos que deixava sua aparência mais bela possível, ele é tão amável. E isso é loucura. Não é? Você deve estar confuso com isso, já te explico.
Um garoto que sofre de esquizofrenia - ou seja eu - conhece um cara normal digamos assim, já que aparenta não ter algum doença-seria o Harry - e esse garoto esquizofrênico se apaixona pelo outro no mesmo dia que o conheceu. É doideira não? Gostar de alguém em apenas um dia, aliás poucas horas que o conhece....Isso não vai dar certo. Seguimos até a luz, porém acabou acontecendo um imprevisto.
- ora só quem está aqui, um dos enfermos que está sob meus cuidados! - droga, a diretora estava naquela sala- e quem seria esse rapaz atraente com ele?
- corre - sussurrei e no segundo seguinte, estávamos fugindo de dois brutamontes mais conhecidos como seguranças imprestáveis -
Senti algo me puxando pela mão, só vi um lugar totalmente escuro sem contar o fato que tropecei e caí em algo macio.
- Louis?
- Harry?
- shhh, eles ainda estão nos procurando - ele sussurrou - você está bem?
- estou, acabei caindo em algo macio
- saiba que esse algo macio sou eu! Seu rosto está na minha barriga e suas pernas estão em cima da minha mão -
- ai meu Deus! Desculpa-falei e me sentei num lugar frio, deduzo ser o chão -
- será que vamos conseguir sair daqui ainda hoje? Porque olha já está anoitecendo - falei me referindo a escuridão que aumentava cada vez mais -
- não se preocupa, vou dar um jeito para sairmos daqui antes do amanhecer - ele disse - Louis?
- sim?
- está tudo bem?
- não muito - abaixei a cabeça mesmo que ele não pudesse enxergar -
- porquê? Tens medo do escuro?
- também, mas não só dele, mas sim, no que há nele-
- eu não entendi, o que pode haver na escuridão?
elesEles estão sempre na escuridão, eles me obrigam a cometer alguma loucura, e se eu os contrario e faço algo para proteger determinada pessoa, ela não entende o ato que fiz e acaba me chamando de louco, dizendo que tenho alucinações sendo que o que vejo é realmente real e eu-não terminei de falar e senti os braços dele envoltos na minha cintura me puxando mais perto de si-
Me aconcheguei naquele abraço, confortável e no qual me senti seguro, mais seguro do que em qualquer outro dia.
- pode dormir, se acontecer algo eu te protegerei-ele disse e beijou o topo da minha testa-
- não posso dormir, também tenho que te proteger e ajudar a sir daqui - falei e ele começou a afagar meus cabelos, ele não está ajudando muito -
- confie em mim, eu darei conta do recado - respirei fundo, e me entreguei ao sono que havia chegado -


x


Acordei e o sol estava nascendo, percebi com o pouco de iluminação que aparecia.  Reparei também que Harry não estava do meu lado, o que me deu um pouco de medo. Será que ele foi embora e me deixou aqui? Não pode ser, ainda ontem ele disse que me protegeria e me levaria para fora daqui, devo confiar nele certo? Ele deve ter ido dar uma volta.
A quem estou querendo enganar? Ele me abandonou aqui. Devo deixar de confiar nas pessoas logo de cara. Deveria ter aprendido isso desde do ocorrido com aquele enfermeiro no qual confiei, no entanto fui enganado e violentado por ele. Seu sorriso tão marcante era na verdade o sorriso obscuro que esse agressor abria, cada vez que me abusava e me deixava jogado em um canto de minha acomodação, derrotado,triste e ofuscado. Vamos pular isso, no gosto de falar do meu passado.
Me levantei daquele lugar imundo e em pequenos passos, caminhei até a porta, olhei para um lado, e para o outro, não vi ninguém. Nem sinal do Harry, nem de Liam, muito menos de Niall. Sozinho nesse lugar que me causa arrepios. 
 - eu falei para você o que devia fazer com ele garoto! - ouvi uma voz conhecida, porém grave e soava num tom irritado-
De novo não. Não aguento mais. 
- o que você quer? Já falei para me deixar em paz - falei com os olhos marejados olhando para o homem moreno, de olhos castanhos escuros, pela um pouco mais clara que a minha, alto e aparenta ter 34 anos -
- você sabe muito bem o que quero, e sabe melhor ainda que sempre consigo
- não! Você nunca vai conseguir com que eu faça isso, vai embora, me deixa em paz - só depois que terminei a frase percebi que havia gritado -
- porque está gritando? Você perde a calma facilmente e os seus gritos podem trazer consequências.
- q-que tipo de consequências?-perguntei receoso mas num tom de sussurro-
- seguranças, castigo, sem volta, sem liberdade. E sei que o que você mais quer é ser livre, por isso tome cuidado com seus gritos, se controle!
- como posso me controlar se você me persegue? Se você manda eu fazer coisas que não quero, se eu te contrariar você teria feito coisas ruins para pessoas nas quais eu me importo!
- e teria feito com muito orgulho, você me cansa! Não passa de um covarde maluco com problemas e abandonado pela própria família!
- CHEGA! ME DEIXE EM PAZ, VAI EMBORA, VOCÊ SÓ ME CAUSA PROBLEMAS-gritei o mais alto possível-
- Louis? - ouvi uma voz calma, espera -
- Niall? - me virei para ele vendo-o confuso -
- o que aconteceu aqui? - ele perguntou se aproximando de mim -
- ele voltou! Chris voltou, ele está aqui 
ele quem? Cadê o Chris? Não vejo ninguém aqui.
Olhei para trás vendo que Chris não estava mais ali. Merda. 
- não sou louco, Niall acredite em mim ele estava aqui agora a pouco
- acredito em você calma - ele disse me abraçando, e logo nos separamos - onde está Harry?
- também quero saber-
- hum? Como assim? Houve alguma coisa?
- tudo! Ontem quando corremos na direção oposta de vocês, depois de tanto andar acabamos encontrando a diretora, por pouco não fomos castigados, porém ao corrermos fomos perseguidos por dois armários, vulgo seguranças, Harry em puxou para um lugar onde nos escondemos deles, e eu acabei dormindo abraçado nele. Acordei e o mesmo não se encontrava ali-
- deve ter fugido e deixado você aqui 
- estou começando a acreditar nessa hipótese. E Liam? Onde ele se meteu?
hunf. Liam - Niall disse e revirou os olhos - ontem quando saímos andamos bastante, mas no corredor que havia uns cinco seguranças foi aí que ele teve um ideia estúpida -
- que ideia?
- ele saiu correndo, chamando a atenção dos seguranças para si, com isso era para eu sair. Mas não poderia deixá-lo aqui, então tentei voltar, mas fui interrompido no caminho por um enfermeiro que me aprisionou num quarto abafado. Fiquei lá até um pouco antes do nascer do sol, consegui saí, isso explica por que meus braços estão com arranhões e vermelhos, agora quero saber onde eles se meteram-
- sim explica muito bem - suspirei - vamos procurá-los agora?
Ele não respondeu apenas começou a andar por um dos corredores a esquerda, e eu o segui. Ficamos andando, até que chegamos em um quarto. Paramos ao ouvirmos gritos, e sons de tapas.
- diga-me agora onde estão aqueles doentes mentais! - ouvimos uma voz feminina -
Acabamos de achar a diretora.
- como posso dizer algo que não sei? - ouvimos uma voz grave porém completamente rouca. Era Harry -
- para de querer nos enganar, se não disser, você e seu amiguinho serão punidos assim como os outros dois quando encontrarmos - ela disse, e pelo jeito estava irritada -
se você não vai fazer isso, eu mesmo farei! - ouvi uma voz grossa, merda. Ele de novo - 
- Niall, Chris está aqui! - falei o cutucando seguidas vezes no abdome -
- quê? Onde ele está?
- ele está logo ali, atrás de Harry e...- parei de dizer quando o vi apontar uma arma para a cabeça do Harry -
Rápido. Essa é a palavra que define basicamente o que houve agora. Tudo muito rápido invadi a sala, e pulei em cima de Chris, e consequentemente levei Harry para o chão, Niall entrou desesperado pelo que fiz, e a diretora devia estar adorando já que inventaria mil coisas para nos castigar.
Harry
Não dá. Aquilo foi o fim para mim. Além de eu ter saído antes do nascer do sol para ver se encontrava alguma saída, trombei com Liam, e ele estava fugindo de alguns seguranças. Fomos pegos e eles nos levaram para um quarto no qual estávamos até agora com a diretora. O que houve após isso?
Ela descobriu a tentativa de fuga que envolvia Niall e Louis. Ordenou alguns funcionários que os espancassem, e aplicassem a terapia de eletrochoque para que isso não voltasse a se repetir.
Ela obrigou-nos -eu e Liam- que víssemos a terapia sendo aplicada. Não vi direito. Não aguentei. Aquilo era o fim. Partiu meu coração em milhões de pequenos pedaços. Vê-lo naquela situação me machucava. Muito. Ele estava desprotegido, indefeso. E eu não podia fazer nada, já que um brutamonte me segurava pelos braços, nem se me debatesse eu poderia me livrar dele.
Depois de uma hora, a terapia acabou e os deixaram ali, naquelas camas. Invadi o local, seguido por Liam. Quando os dois retomaram suas consciências, Niall parecia estar depressivo, enquanto Louis ficou instantaneamente agressivo. 
Narrador:
Dois anos depois...
1981 - Liverpool
- aqui Lou - Harry disse se aproximando do menor, e colocando o comprimido na mesinha o lado dele juntamente de um copo d'água.
- não posso tomar depois? - Louis perguntou num sussurro quase inaudível para Harry -
- não, desculpa, tem que ser na hora-Harry respondeu e beijou o topo da cabeça o do menor, e saiu da varanda, adentrando na casa.
Louis sabia que tinha que tomar aquele maldito remédio, ele que tem evitado que Chris voltasse e o atormentasse com ameaças. No entanto ele não queria tomá-lo na frente da visita, ele sentia vergonha disso. Colocou o remédio na boca, em seguida bebeu um gole da água engolindo o remédio. Voltaram a conversar, um clima estranho, mas a conversa não acabou.
x
- quer o seu chá antes de dormir? - Styles perguntou indo na cozinha e colocando água numa "chaleira e logo pôs no fogão -
eu aceitaria, mas sem açúcar-Louis falou calmo-
- nunca! Tommo, andei falando com o Dr. Robert e... - e as palavras fugira, de Harry enquanto via um Louis abatido-
- e o que Hazz?-
- sabe que é para seu próprio bem quando ele vier para cá
- eu não quero voltar para lá! Não quero - Louis falou um pouco alterado -
Harry se aproximou dele, colocou suas mãos no rosto do menor fazendo-o olhara para cima já que estava sentado.
- Lou, sabe que é para seu próprio bem, epeu te amo muito viu?
- eu sei mas... - e o menor foi calado com um encostar de lábios do maior -
Um selinho. Um selinho demorado, que logo se tornou um beijo calmo, com leves toques de suas línguas, um explorava a boca do outro. Um sentimento cujo nome ambos conheciam, mas sofreriam se demonstrassem ele em público apenas por não ser comum. Finalizaram o beijo com alguns poucos selinhos e um repuxar de lábios por parte de Styles.
- também te amo - Tomlinson disse baixo e com um sorriso tímido no lábios -
Styles terminou de preparar o chá, serviu seu namorado, e foi tomar um bom banho, Não haviam parado nem sequer um segundo do dia. Com o trabalho no hospital, na ala infantil e também no berçário. Acredite ou não, mas as crianças davam muito trabalho, muito mesmo!
Saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura, e com algumas gotículas esparramadas pelo corpo. Seus cachos de maneira bagunçadamente arrumados, e um pouco molhados ainda. Entrou no quarto, e viu um Louis dormindo tranquilamente na cama. Terminou de se enxugar, vestiu uma calça, e uma blusa de mangas curtas do pijama. Se sentou na cama. Suspirou ao recordar das coisas que eles passaram. 
- Hazz - ouviu-o chamá-lo manhoso -
Harry se deitou na cama e se cobriu.
- diga Lou
- demorou para vim
- desculpa, mas agora vamos dormir, amanhã será um longo dia
- porquê?
- esqueceu qué nosso aniversário de namoro? Completamos um ano amanhã
- verdade! tinha me esquecido, deve ser o efeito colateral do remédio
- ou a velhice chegando-Harry brincou e levou um soquinho de leve do namorado-
- vamos dormir logo!
- ok né, e eu não recebo um beijo de boa noite?
Louis revirou os olhos mas selou demoradamente os lábios da maior ao seu lado.
- boa noite - Louis disse após terminar o beijo e abraçou o namorado pela cintura e o mesmo o passou um braço por cima do ombro de Tommo, enquanto o outro acariciava o braço de Louis que passava por cima de sua cintura. 
x
O encontro que comemorava um ano de namoro, entre Louis e Harry, não fora um dos melhores, talvez o mais estranho que tiveram. Para Louis, o encontro fora péssimo. Já para Harry, não foi um dos melhores, e entrou na lista de um dos mais estranhos que aconteceu. O que poderia ter ocorrido no restaurante central que foram celebrar? Digo-lhes que não fora a melhor coisa, mas sim a pior. Deves estar querendo saber, então lhes conto. 
O casal estava empolgado, foram almoçar; mas o que não esperavam, era que Louis tivesse um surto e que as alucinações voltassem a atormentá-lo. Louis gritava coisas como "você não é real" "você é apenas fruto da minha mente" "me deixe em paz" e em resposta ele obtinha outras coisas como "se não sou real então porque falas comigo?" "se sou fruto de sua cabeça porque você consegue me tocar?" "não posso deixá-lo, não há jeito de me expulsar, se contente com isso, aprenda a se conformar com os olhares estranhos sobre si". E a última frase fez ele olhar envolta e notar que todos, TODOS olhavam atentamente cada gesto que ele fazia, cada palavra que ele pronunciava, deixava as pessoas com os olhos arregalados, e assustados com o que acontecia. Harry conseguiu acalmá-lo logo após.
Louis que estava prestes a receber alta, teve um recaída gigantesca o que surpreendeu ele e Harry, já que não esperavam de forma alguma por isso.
x
Louis voltou a ficar mais violento, tinha muitos surtos psicóticos o stress não ajudava e os remédios não surtiam efeito algum. E a saída para isso, sem o alternativa fora: interná-lo novamente. O que foi a pior ideia já feita.
Tomlinson não conseguia manter a calma mesmo estando ao lado do Harry e esse implorando com jeito, parecia que a mente do menor iria explodir. Estava deixando-o louco, e as três pessoas que ele via - Chris, Emily e Matheus - não colaboravam. Chris era agressivo, e sempre que aparecia, causava surtos. Emily -uma doce e adorável criança de oito anos- junto de Matheus -um rapaz de dezenove que era seu único irmão- eram ignorados, ou ao menos passavam despercebidos ao olhos de Louis que tentava a todo custo ignorá-los. Tentativas falhas, sem chance de sucesso.
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No sanatório que fora internado, voltou a sofrer agressões e assédios constantes. Tornou-se ainda mais violento - se isso era possível - e o diretor do local achou que a única solução para resolver o problema do garoto era a Lobotomia.
Por muito tempo Louis viveu num estado de coma. Nunca mais sorriu, tampouco falou ou esboçou um sorriso. Veio a falecer no ano de mil novecentos e noventa e três, com seu corpo devastadoramente abusado, tanto que acabou por ter hemorragia interna em um dos atos de estupro. Harry não conseguiu manter e nem cumprir direito a sua promessa de proteger o garoto até o fim. 
Se arrepende e se culpa muito por não ter estado na hora 'H' para livrar o garoto de hematomas, fraturas ou mais alucinações.
O Hospital psiquiátrico London MadHouse fechou as portas em outubro de mil novecentos e noventa e quatro. Está abandonado até hoje. Muitos que visitaram o local -seja invadindo para aprontar alguma, para coisas demoníacas, para se esconder ou apenas por pura curiosidade- dizem ter vistos vultos, que as lampadas acende e apagam sozinhas, juram ouvir passos, gritos de dor e agonia, juntamente de choros abafados e o som das rodas de macas de um lado para o outro. 
Outros dizem que ainda vaga o corpo de um dos enfermos -que presenciou tudo e sofreu consequências rígidas de seus maus atos- que procura se vingar daqueles que o fez sofrer, porém sabemos que será impossível, que a alma dele apenas está presa naquele lugar horrivel em que viveu.
Tudo isso pode muito bem ter ocorrido, muita pessoas inocentes podem ter morrido de diversas maneiras e sofreram de todos os jeitos possíveis. No entanto tudo isso também pode ser uma daquelas famosas lendas urbanas, ou histórias "para boi dormir". Não houve ninguém que pudesse confirmar qualquer coisa daquele local, porém uma coisa é certa. O hospital realmente existiu.